Os estudiosos muito divergem em relação às causas do crash da Bolsa em 1929 bem como de suas terríveis consequências. Vamos aqui nos ater apenas a uma das causas: a especulação desenfreada. O mercado financeiro se comportava de maneira alucinada. Todos queriam comprar ações! Algumas pessoas hipotecavam suas casas e emprestavam dinheiro para entrar no mercado. A euforia fez com que o preço das ações subissem a níveis que, nem de longe, correspondiam ao valor real das empresas. Penso que tentaram criar um padrão (quinto grande axioma) para o mercado financeiro: “Compre ações, que o ganho é certo”, “Compre a 30 e venda a 60 no próximo ano”. Porém, em outubro de 1929, o castelo de cartas começou a desmoronar. A bolha estourou! A onda de otimismo se transformou em desconfiança, seguida de pessimismo e, por último, pânico!
Todos queriam vender suas ações a qualquer preço. O efeito manada fez com que milhões de ações fossem colocadas a venda sem que houvessem compradores. Suas cotações caíram a níveis ridículos. Desde pequenos investidores de médio e longo prazo à especuladores renomados ficaram falidos. A foto abaixo é um típico retrato da situação daqueles dias.
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Especulador falido põe seu carro de luxo à venda por apenas 100 dólares. "Perdi tudo no mercado financeiro". |
O gráfico abaixo nos dá uma clara idéia do que aconteceu naquele fatídico mês de outubro de 1929. Porém, a desvalorização continuou até meados de 1932, onde atingiu seu ápice de 90,5%. Foi somente a partir de então que as coisas começaram a melhorar, porém, Wall Street demorou 25 anos para recuperar o valor de mercado que tinha antes de 1929.
Para se ter uma idéia, a ação da New York Central Railroad custava US$ 257, três anos depois estava a US$ 9; Radio Corporation caiu de US$ 574 para US$ 12 e GM despencou de US$ 1.075 para US$ 40.
O Crash da Bolsa em 1929 ajudou a criar algumas lendas, como a de Joseph Kennedy, pai do ex-presidente americano John Kennedy. Reza a lenda que certa manhã de quarta-feira, Kennedy, dono de uma grande carteira de ações, parou para engraxar seus sapatos e ficou extremamente surpreso ao receber conselhos de investimento de seu engraxate. Como o mercado de ações era ambiente de investidores ricos e pessoas de renome na época, Kennedy julgou que algo estava errado. No mesmo dia, se desfez de toda a sua carteira. A partir do dia seguinte, as ações começaram a derreter, mas Kennedy estava fora.
O Crash da Bolsa em 1929 ajudou a criar algumas lendas, como a de Joseph Kennedy, pai do ex-presidente americano John Kennedy. Reza a lenda que certa manhã de quarta-feira, Kennedy, dono de uma grande carteira de ações, parou para engraxar seus sapatos e ficou extremamente surpreso ao receber conselhos de investimento de seu engraxate. Como o mercado de ações era ambiente de investidores ricos e pessoas de renome na época, Kennedy julgou que algo estava errado. No mesmo dia, se desfez de toda a sua carteira. A partir do dia seguinte, as ações começaram a derreter, mas Kennedy estava fora.
Verdade ou não, tudo isso nos deixa uma preciosa lição, muito difundida por Décio Bazin em seu livro Faça Fortuna com Ações Antes que Seja Tarde: “Depois do Boom, sempre vem o Crash“.
Fontes: “A Suíca e a Grande Crise Mundial“, em http://www.swissinfo.ch. “Efeméride: 80 anos da Grande Depressão“, em http://janelanaweb.com
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