sexta-feira, 25 de março de 2011

Quebra de Bolsa de Nova Iorque (1929)

CRASH NA BOLSA DE NOVA IORQUE! INVESTIDORES E ESPECULADORES FALIDOS! WALL STREET EM PÂNICO! 13 MILHÕES DE AMERICANOS DESEMPREGADOS! CRISE MUNDIAL! 


Os estudiosos muito divergem em relação às causas do crash da Bolsa em 1929 bem como de suas terríveis consequências. Vamos aqui nos ater apenas a uma das causas: a especulação desenfreada. O mercado financeiro se comportava de maneira alucinada. Todos queriam comprar ações! Algumas pessoas hipotecavam suas casas e emprestavam dinheiro para entrar no mercado. A euforia fez com que o preço das ações subissem a níveis que, nem de longe, correspondiam ao valor real das empresas. Penso que tentaram criar um padrão (quinto grande axioma) para o mercado financeiro: “Compre ações, que o ganho é certo”, “Compre a 30 e venda a 60 no próximo ano”. Porém, em outubro de 1929, o castelo de cartas começou a desmoronar.  A bolha estourou! A onda de otimismo se transformou em desconfiança, seguida de pessimismo e, por último, pânico!

Investidores, especuladores e curiosos se concentram em frente a Bolsa de Nova Iorque em 24 de outubro de 1929, dia que ficou conhecido como a "Quinta-feira Negra". O índice começou o dia com desvalorização de 22%, porém, fechou em leve baixa de 2%.

Todos queriam vender suas ações a qualquer preço. O efeito manada fez com que milhões de ações fossem colocadas a venda sem que houvessem compradores. Suas cotações caíram a níveis ridículos. Desde pequenos investidores de médio e longo prazo à especuladores renomados ficaram falidos. A foto abaixo é um típico retrato da situação daqueles dias.

Especulador falido põe seu carro de luxo à venda por apenas 100 dólares. "Perdi tudo no mercado financeiro".

O gráfico abaixo nos dá uma clara idéia do que aconteceu naquele fatídico mês de outubro de 1929. Porém, a desvalorização continuou até meados de 1932, onde atingiu seu ápice de 90,5%. Foi somente a partir de então que as coisas começaram a melhorar, porém, Wall Street demorou 25 anos para recuperar o valor de mercado que tinha antes de 1929.


Para se ter uma idéia, a ação da New York Central Railroad custava US$ 257, três anos depois estava a US$ 9; Radio Corporation caiu de US$ 574 para US$ 12 e GM despencou de US$ 1.075 para US$ 40.

O Crash da Bolsa em 1929 ajudou a criar algumas lendas, como a de Joseph Kennedy, pai do ex-presidente americano John Kennedy. Reza a lenda que certa manhã de quarta-feira, Kennedy, dono de uma grande carteira de ações, parou para engraxar seus sapatos e ficou extremamente surpreso ao receber conselhos de investimento de seu engraxate. Como o mercado de ações era ambiente de investidores ricos e pessoas de renome na época, Kennedy julgou que algo estava errado. No mesmo dia, se desfez de toda a sua carteira. A partir do dia seguinte, as ações começaram a derreter, mas Kennedy estava fora.
Verdade ou não, tudo isso nos deixa uma preciosa lição, muito difundida por Décio Bazin em seu livro Faça Fortuna com Ações Antes que Seja Tarde: “Depois do Boom, sempre vem o Crash“.

Fontes: “A Suíca e a Grande Crise Mundial“, em http://www.swissinfo.ch. “Efeméride: 80 anos da Grande Depressão“, em http://janelanaweb.com

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